RICARDO MONCORVO TONET

( BRASIL - SÃO PAULO )

Nasceu em Santos, São Paulo, em 12 de agosto de 1967, onde completou os estudos do segundo grau no Colégio Santista.

Atualmente (em 1989) está cursando Engenharia Agronômica, na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal — FCA VJ, uma das unidades da Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho — UNESP. Além disso, sempre mostrou interesse pelo esporte, participando, na modalidade de voleibol, dos jogos Colegiais de Santos e da IV OLIMAR Olimpíada Marista, ambos representando o Colégio Santista.
Iniciou o exercício da literatura ao doze anos de idade, quando escreveu a estória infantil “O Circo dos Escavalinhos”.
A partir daí, surgiram novas estórias infantis, como “O Mistério do Circo” (1979), “As Férias” (1979), “Uma Viagem de Navio” (1979) , “Tupi, O Índio do Amazonas” (1980), “Laboratório Submarino” (1981).
O gosto pela escrita foi se aprimorando, passando a se dedicar com maior intensidade à Poesia, contando cerca de 200 títulos, dos quais alguns vêm integrar este, que vem a ser o primeiro livro de poesias, dentre os quais algumas receberam menção honrosa no IX concurso promovido pelo Clube Literário de Brasília.

TONET, Ricardo Moncorvo. Palavras Vivas. Poesias. Capa: Mário Beltrame. São Paulo: Completexto Editora e Gráfica, 1989.  85 p.  No. 10 984
Exemplar doado pelo livreiro BRITO, de Brasília.
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


PALAVRAS VIVAS

As palavras ganham forma
tomam conta do papel
originando frases
que tocam fundo
no coração.
São vivas,
como as cores da caneta
que as desenha.
Livres,
povoam qualquer pensamento
e fazem dos poetas,
um luz
que irradia energia
de vida.


Destino

Escrevi na areia da praia,
palavras,
que as ondas levaram
para o mar sujo de óleo.
Escrevi no chão que piso,
palavras,
que carros alucinados amassaram.
Escrevi no céu
com as estrelas,
palavras,
que os mísseis destruíram.
Escrevi nas verdes matas.
palavras,
que as serras elétricas derrubaram.
Escrevi nos corações dos homens,
palavras,
de amor e esperança
que eles transformaram
em ódio e sangue.
Escrevi na palma dos pequeninos
todo um destino
traçado na linha dos tempos.


Brincadeira de criança

Uma criança
brinca com a vida,
descobrindo o mundo
com olhos inocentes.
Com ternura
abraça tudo
que é bonito,
guardando
em seu coração pequenino
uma imensidão de sonhos
para alimentar
toda uma vida.

*
VEJA e LEIA outros poetas de SÃO PAULO em nosso Portal:
https://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html
Página publicada em setembro de 2025.